Ibson em dia de Palermo!
Não foram 3 pênaltis desperdiçados como o Palermo no famosos episódio da Copa América, mas foram 2 cobranças desperdiçadas... e que custaram 2 pontos.
Os times entraram com escalações surpreendentes e extremamente ofensivas. Valdir Espinoza confirmou a expectativa e colocou a Lusa no ataque, mas 3 atacantes foi inesperado (apesar dos treinamentos). Caio Jr também escalou três atacantes, o que foi um excesso de ousadia.
Os times estavam com esquemas táticos parecidos neste jogo. Ambos atuaram no 3-4-3, com o terceiro atacante fazendo o papel de homem de ligação (Jonas na Lusa e Tardelli no Flamengo) e um volante atuando como zagueiro (Gavilan na Lusa e Jailton no Flamengo).
A diferença significativa no primeiro tempo foi a melhor marcação por parte da Portuguesa. Ela estava melhor distribuída em campo e conseguia manter um zagueiro na sobra.
_________ Bruno Rodrigo ____ Ediglê ____________
_____________ Souza _________________________
__ Patrício ______ Gavilan _____ Bruno Recife _____
___________________ Tardelli ________ Éder _____
Ediglê sempre sobrava e fazia as coberturas. Patrício batia de frente com Juan, enquanto as subidas do Léo Moura eram vigiadas pelo Edno, que fechava pela esquerda da defesa. Ibson tinha uma certa liberdade, mas era vigiado por Preto que também voltava.
Já o Flamengo tinha sérios problemas defensivos, pois não tinha o zagueiro da sobra. Os atacantes da Lusa estavam posicionados nas costas dos laterais e eram marcados por Jailton (direita) e Angelim (esquerda).
___ Jailton ________ Fabio L ______ R Angelim __
____ Washington _____ Diogo _________ Jonas ____
Este deslocamento do Jailton para a zaga e a ausência de um volante pelo lado direito provocou o desequilíbrio defensivo. Cristian atuava pela esquerda, marcando Preto, e Ibson atuou centralizado, armando o jogo. Edno, que atuava no setor do "buraco", teve total liberdade no primeiro tempo e criou as principais jogadas ofensivas da Lusa.
Pela disposição tática dos times, as principais jogadas ofensivas surgiam em contra ataques. Isto acontecia porque os atacantes da Lusa já atuavam nas costas dos laterais. E para o Flamengo, os contra ataques pegavam a defesa da Lusa sem a vantagem da "sobra" e com o apoio dos laterais Juan e Léo Moura.
No segundo tempo o Caio Jr acertou a marcação do Edon, colocando Cristian com esta incumbência. A expulsão prejudicou demais o Flamengo, que passou a atuar com quatro jogadores em linha na defesa (Jailton, Fabio L, R Angelim e Cristian), Léo Moura/Ibson/Juan com total liberdade pelo meio e os dois atacantes. A liberdade dos meias era tão grande, que várias vezes Juan caiu pelo lado direito (inclusive no lance do pênalti).
Resumindo: o jogo foi emocionante, o Flamengo podia ter ganhado, mas correu riscos desnecessários. Atuar com 3 atacantes e os 2 laterais é muito arriscado. Os 3 atacantes raramente voltavam para marcar e isto prejudicou e expôs demais o sistema defensivo. Como os laterais são o ponto forte do time, não faz sentido segurá-los na defesa para que outro atacante possa atuar.
Que venha o Fogão!
quinta-feira, 24 de julho de 2008
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