quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O Jogo: Figueirense 2 X 3 Flamengo



Como é bom voltar ao G4! Após um longo e tenebroso período de distância, estamos de volta ao lugar de onde nunca devíamos ter saído. Mesmo que momentaneamente, já que Botafogo ou Coritiba, que se enfrentam, podem nos ultrapassar.

Caio Jr ousou na escalação. Tirou Toró do time e montou o meio campo com Ibson pela esquerda, Kléberson pela direita e Éverton mais avançado, tendendo um pouco mais para o lado esquerdo. Ibson e Kléberson atuaram mais recuados, sendo os grandes responsáveis pela marcação por aquele setor. O time perdeu pegada, mas ganhou talento. A falta de pegada ficou evidente pela liberdade que o Cleiton Xavier teve no início da partida, quando pode finalizar duas ou três vezes da entrada da área.

Os alas tiveram um papel de destaque nesta partida também. Léo Moura e Luizinho, jogando "torto" pela esquerda, jogaram muito bem. Léo Moura alternava com Kléberson pelo corredor direito e era a válvula de escape do time. Era o homem da saída de bola e atuou praticamente como homem de ligação.

Éverton mostrou que está mais para número "8" do que número "10". Quando teve o papel de fazer a ligação, ele não foi bem. Sentiu a falta de uma aproximação (do Juan) pelo lado esquerdo e quando centraliza não conseguia evoluir com as jogadas. Já Sambueza impressiona a cada jogo. Tem visão de jogo, cadência as jogadas e passes precisos. Ainda está um pouco lento, mas está justificando a camisa que veste (10).

O Figueirense jogou pela empolgação. No início dos dois tempos, marcou sob pressão e conseguia encurralar o Flamengo. Mas, mais pela força do que pela técnica. Era clara a diferença técnica dos dois times, que se acentuava quando o Flamengo colocava a bola no chão e tocava a bola.

O esquema colocado em campo se mostrou uma boa alternativa ao problema apresentado (ausência do Juan), mas ainda precisa passar por um teste de verdade. A deficiência técnica do Figueirense é notória, mas os espaços na cabeça da área rubro-negra também estavam evidentes. Outro ponto a ser corrigido urgentemente é o Jaílton atuando como terceiro zagueiro. Ele desempenha este papel de maneira razoável e é interessante pela variedade tática que proporciona, mas suas falhas de marcação, principalmente a centro-avantes (vide Kléber Pereira no segundo gol santista e hoje no gol do Tadeu, por exemplo), questionam esta sua condição. É a hora de testar o Dininho por ali e formalizar o esquema com 3 zagueiros.

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